EU QUE FIZ - VOVÓ BAÍSA

Hoje dia 13... aniversário da minha mãe...
Não, hoje não há festa, nem bolinho, nem jantar especial, nem sentaremos reunidos na sala de jantar...
Porque, existe uma cadeira que está vazia...
Hoje, dia 13, não haverá nada, além da lembrança do meu pai.
Eu disse pro meu pai que o amava...
Eu abracei meu pai com força...
Fui a última pessoa a estar com ele naquele hospital.
Acompanhei seu sofrimento em uma cama de hospital, problema respiratório em função de complicações com fratura do fêmur direito que teve com 88 anos. Foram 13 dias de hospital. A luta dele na UTI contra todas as possibilidades foi dura, ele viveu até o finalzinho quando o coração já estava batendo a 13 BPM. Ótimo pai e marido, ser humano possuidor de um caráter exemplar, onde passava fazia amigos; sempre me ensinou a ser honesta, respeitar as pessoas e ter responsabilidade. Uma parte da gente parece que vai embora com ele, fica um vazio. Meu pai, herói da FEB, temente a Deus, enfrentou a morte de frente.
Eu ainda lembro do seu rosto quietinho, sem saúde, indefeso, submisso aos tubos, fios e agulhas. Eu me despedi, dizendo pra ele ficar bem, q eu voltaria na tarde seguinte...
Voltei antes...
Pro seu velório e enterro...
Meu pai não está mais presente como sempre esteve.
Seu rosto, no caixão, era de uma serenidade enorme. Arrisco-me até a dizer, de alegria.
Sei que estará por perto e um dia nos encontraremos na morada eterna...